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Tirania da Revolução

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A história do Brasil ensina que a Liberdade não nasce da revolta nem da ruptura radical, mas do equilíbrio entre a ordem, a responsabilidade e a fidelidade às raízes. É nesse espírito que figuras conservadoras ou alinhadas à tradição revelam-se decisivas, enquanto líderes e movimentos exaltados pela esquerda frequentemente exibem contradições profundas.


Um exemplo de coragem e prudência é Arariboia, chefe temiminó do século XVI. Ao aliar-se aos portugueses contra os franceses e tamoios, garantiu a sobrevivência de seu povo e a fundação de São Lourenço dos Índios, origem da atual Niterói (Pereira, 2024). Arariboia foi estrategista: compreendeu que resistir ao poder imperial europeu era impossível e optou por um pacto que assegurou terras e dignidade a seus descendentes. Sua postura revela valores caros ao conservadorismo: realismo político, prudência diante das circunstâncias e a preservação da vida como prioridade.


Em contraste, personagens mitificados pela esquerda revelam falhas graves. O cangaceiro Lampião, muitas vezes romantizado como justiceiro, foi na verdade chefe de um bando violento que saqueava, estuprava e assassinava. Seus “códigos de honra” não passavam de disciplina autoritária, com perseguições a minorias, como homossexuais, que eram alvo de humilhação e violência. Ao invés de libertar, Lampião oprimia — exemplo de como rebeliões desordenadas resultam em tiranias locais.

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Outro caso é o de Zumbi dos Palmares, transformado em símbolo de luta por igualdade. Pesquisas históricas indicam que ali também havia hierarquia rígida, imposição de disciplina e escravização de indígenas e negros que não aceitavam a ordem local (Domingues & Gomes, 2013). A esquerda contemporânea omite essas contradições, preferindo o mito à história real.


Esse padrão de incoerência repete-se no presente. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), por exemplo, justifica suas ações com o discurso da justiça social, mas recorre sistematicamente a invasões de propriedades, destruição de plantações e coerção contra agricultores que não aderem às suas bandeiras. Assim como Lampião ou Zumbi em seu tempo, o MST revela um espírito antiliberal — exige liberdade para si, mas nega ao outro; e totalitário — impõe sua visão pela força, não pelo convencimento.


Em 2025, segundo a Gazeta do Povo, só nos primeiros quatro meses, foram registradas 53 invasões de terras, sendo 46 atribuídas ao MST, superando o total de invasões de todo o ano de 2024.

Em 2023, dados da Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) revelaram que, durante o governo Lula, 95 invasões ocorreram num ano e três meses — um total superior à soma de invasões nos cinco anos anteriores, conforme noticiado no Brasil 61.


Ao longo do século XX, organizações guerrilheiras de inspiração marxista no Brasil também mostraram esse descompasso: pregavam igualdade, mas usavam sequestros e assassinatos como instrumentos políticos — uma face inegavelmente terrorista.


O conservadorismo, ao contrário, parte da prudência: reconhece que mudanças radicais geram mais opressão do que emancipação. Valoriza instituições, continuidade e responsabilidade moral. Figuras como Arariboia provam que a prudência conservadora preserva vidas e constrói comunidades duradouras, enquanto ícones revolucionários, como Lampião, Zumbi ou mesmo o MST contemporâneo, mostram que a violência e a intolerância apenas perpetuam novas formas de tirania.


Referências

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