Novo tratamento para Depressão e Transtorno Pós-Traumático
- Dr. Rafael Alvarenga

- 19 de set.
- 2 min de leitura

A bretisilocina (GM‑2505), candidata psicodélica de nova geração desenvolvida pela Gilgamesh Pharmaceuticals, tem se destacado como uma esperança terapêutica para transtornos mentais graves. Agindo como agonista dos receptores 5‑HT₂A e 5‑HT₂C da serotonina, com ação mais breve que outras substâncias similares, ela proporciona forte alívio dos sintomas depressivos com duração intermediária — entre 60 e 90 minutos — e tem demonstrado eficácia clínica robusta em testes recentes¹.
Em maio de 2025, resultados preliminares de um ensaio clínico de fase 2a revelaram reduções significativas nos sintomas depressivos: uma única dose de 10 mg produziu uma queda média de ‑21,6 pontos na escala MADRS aos 14 dias, comparado com apenas ‑12,1 pontos com dose de 1 mg (p = 0,003), sem efeitos adversos graves relatados.
O Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) compromete milhões de indivíduos globalmente. Estudos clínicos demonstram que um subconjunto de pacientes com TEPT apresenta comportamento violento, possivelmente relacionado a sintomas intensos como hiperexcitação, inflação da resposta ao estresse e prejuízo da regulação emocional — aspectos que ainda demandam mais investigações científicas².

Embora não haja estudos diretos sobre a bretisilocina e TEPT, terapias psicodélicas (como MDMA assistida por psicoterapia) vêm sendo investigadas como alternativas eficazes para TEPT resistente, oferecendo esperanças para pacientes que não se beneficiam das terapias atuais.
Há crescente interesse na comunidade médica e autoridades em explorar o potencial clínico das substâncias psicodélicas, em especial para transtornos complexos como TEPT e depressão. Desde que seguidos preceitos éticos e de segurança.
A bretisilocina surge como uma promessa terapêutica realista para depressão resistente e, potencialmente, para TEPT, um transtorno associado a sintomas graves e risco de comportamentos violentos em certos pacientes. Seu perfil clínico — eficácia rápida, efeitos duradouros e curta duração psicoativa — aliado ao recente aporte da indústria, sinaliza um avanço significativo na psiquiatria. Se bem-sucedida, essa inovação poderá transformar o cuidado com pacientes que enfrentam crises difíceis e resistentes aos tratamentos tradicionais.
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