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🌹 Maria como Rosa: devoção que floresceu

Um versículo que originalmente se refere ao amor humano e divino de maneira poética, a tradição cristã medieval interpretou a rosa como símbolo de Cristo, e, por extensão, de Maria, enquanto sua mais pura e elevada criatura.

“Eu sou a rosa de Sarom, o lírio dos vales."(Cântico dos Cânticos 2,1)

Além disso, Isaías 11,1 diz:

"Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes, um renovo frutificará."

Essa imagem messiânica também foi visualmente associada à árvore genealógica de Maria, da qual viria Jesus — a flor mais perfeita.

🕊️ Visitando a História temos três importantes marcos:

1º Marco

A imagem de Maria comparada à rosa aparecia em escritos de teólogos como Tertuliano e Santo Ambrósio, que entre os séculos III e IV traçavam analogias entre o Botão (Cristo), o Caule (Maria) e a Flor (a graça divina).

2º Marco

Essa simbologia — entre Rosa e Maria — foi incorporada na Ladainha Lauretana, oficialmente aprovada pelo Papa Clemente VIII em 1587 (declaração pontifícia “Dum Ineffabilia”), onde aparece o título “Rosa Mystica” (“Rosa Mística”).

Um PDF com o texto latino e português pode ser consultado aqui:farfalline.blogspot.com + nospassosdemaria.com.br + id.scribd.com

3º Marco

Já no século XX, a devoção ganhou nova dimensão pelas aparições em Montichiari e Fontanelle (Itália), relatadas por Pierina Gilli entre 1947 e 1966, quando a Virgem se revelou como “Maria Rosa Mystica”, exibindo três rosas — branca, vermelha e amarela — símbolos de oração, sacrifício e penitência.Esses episódios reforçaram a dimensão maternal, intercessora e comunitária da devoção.

✨ Além do catolicismo

Em outras religiões cristãs, como o Espiritismo, Chico Xavier, com a orientação do espírito Emmanuel, apresenta Maria, mãe de Jesus, não apenas como figura histórica, mas como uma personalidade espiritual altamente sublimada, desde sua infância destinada à missão sagrada.

A obra A Caminho da Luz (FEB, 1939, capítulo 12, p. 219) ressalta seu papel decisivo na encarnação de Jesus, simbolizada pela humildade na manjedoura.

Em Memórias de um Suicida (Yvonne do Amaral Pereira, 1955, cap. III, pp. 35–37), a Legião dos Servos de Maria é apresentada como uma fraternidade iluminada que, com uma cruz azul-celeste no peito, atua nos hospitais espirituais — especialmente cuidando de espíritos suicidas. Guiados por vozes superiores, resgatam e acolhem com ternura nos corredores e macas, espalhando conforto e dignidade aos que mais precisam.

🙏 Rezemos, recebendo o abraço maternal de Maria, mãe de Jesus:

Rosa sem espinho —mãe de luz, pura ternura, acolhe dor crua.

📚 Se você quiser se aprofundar no tema:

Referências

  1. Ladainha Lauretana (1576‑1587). Título “Rosa Mystica”. Fonte: Ladainha em latim e português (Santuário de Loreto), aprovada por Clemente VIII. PDF:farfalline.blogspot.com + nospassosdemaria.com.br + id.scribd.com

  2. Pierina Gilli, Diari, Milano 2016. Aparições de 1947–1966 em Montichiari e Fontanelle. Diários com as visões das três rosas: oração, sacrifício e penitência.newdailycompass.com + ncregister.com + vatican.va

  3. Dicastério para a Doutrina da Fé, carta “About devotion to Mary the ‘Rosa Mystica’”, 5 de julho de 2024, Vaticano.ncregister.com + vatican.va + vaticannews.va

  4. Decreto diocesano de Pierantonio Tremolada, 8 de julho de 2024 — “nihil obstat” ao santuário “Rosa Mystica” em Fontanelle.hallow.com + newdailycompass.com + vaticannews.va



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