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Extrato de Quiabo contra Microplásticos 

Updated: Sep 12

Microplásticos são pequenas partículas de plástico que medem entre 1 micrômetro (µm) e 5 milímetros (mm) — tão diminutas que muitas vezes passam despercebidas a olho nu. Essas partículas são persistentes no meio ambiente e acabam se infiltrando em rios, oceanos, solos e até no corpo humano.


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Pesquisas recentes mostram que os microplásticos ultrapassaram uma barreira alarmante: a do cérebro humano. Um estudo publicado em fevereiro de 2025 na revista Nature Medicine revelou a presença de fragmentos plásticos no tecido cerebral de pessoas falecidas, indicando bioacúmulo em áreas sensíveis do sistema nervoso central (Nature Medicine). Já a Universidade do Novo México detectou níveis crescentes dessas partículas no cérebro humano, com um aumento de 50% nos últimos oito anos (UNM HSC Newsroom). Reportagens de veículos como o Business Insider e o Moffitt Cancer Center confirmam a presença de microplásticos também em órgãos como rins e fígado, aumentando as preocupações sobre seu impacto sistêmico (Business Insider, Moffitt). O Fórum Econômico Mundial alertou que essas partículas já circulam por toda a cadeia alimentar — do solo aos nossos pratos — podendo contribuir para doenças cardiovasculares e neurológicas (World Economic Forum).


Uma planta bastante consumida no Brasil pode ser uma grande aliada para resolver esse problema.  Pesquisadores da Tarleton State University exploraram o potencial de extratos de quiabo e feno-grego como agentes naturais e não tóxicos para remover microplásticos da água. Conforme divulgado pela American Chemical Society, “as substâncias por trás das cordas pegajosas do quiabo … poderiam capturar microplásticos melhor do que um polímero sintético comumente usado”.


O artigo, intitulado “Fenugreek and Okra Polymers as Treatment Agents for the Removal of Microplastics from Water Sources” e publicado em ACS Omega (abril de 2025), relata que “extratos de quiabo e/ou feno-grego atraíram e removeram até 90% dos microplásticos em água oceânica, doce e subterrânea”.


O estudo destacou ainda o desempenho em águas reais coletadas ao redor do Texas:

  • Quiabo se mostrou mais eficiente em água do mar, removendo cerca de 80% dos microplásticos.

  • O feno-grego obteve a melhor performance em água subterrânea, com 80–90% de eficiência.


Além disso, os autores ressaltaram a relevância ambiental: “extratos de quiabo e feno-grego poderiam servir como alternativas biodegradáveis e não tóxicas” ao poliacrilamida usada atualmente no tratamento de águas residuais. (https://www.acs.org/pressroom/presspacs/2025/may/research-update-okra-fenugreek-extracts-remove-most-microplastics-from-water.html).


A pesquisa publicada na ACS Omega (2025) oferece uma solução natural, eficaz e ambientalmente segura para o problema dos microplásticos aquáticos. Com até 80–90% de remoção dependendo da fonte de água, o extrato de quiabo — especialmente quando combinado com feno-grego — figura como uma alternativa viável aos polímeros sintéticos convencionais, sinalizando um avanço significativo no desenvolvimento de tecnologias mais sustentáveis para o tratamento de água.


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