Cartão Vacinal: o pequeno documento que protege milhões de brasileiros
- Dr. Rafael Alvarenga

- 4 de jul.
- 2 min de leitura
Poucos documentos são tão importantes — e, ao mesmo tempo, tão simples — quanto o cartão vacinal. De papel modesto, com espaços para carimbos e datas, ele carrega uma história rica e essencial na saúde pública brasileira.
Mas você já parou para pensar como tudo isso começou? Como o Brasil organizou seu calendário vacinal? E o que exatamente está escrito nesse cartão?
🕰️ O início: como nasceu o cartão vacinal?
A história do cartão vacinal brasileiro está diretamente ligada à criação do Programa Nacional de Imunizações (PNI), em 1973, durante o governo do presidente militar Emílio Garrastazu Médici.
Na época, o ministro da Saúde era o médico sanitarista Paulo de Almeida Machado. Antes do PNI, as campanhas de vacinação no Brasil eram esporádicas, com baixo alcance e focadas apenas em surtos.
Com o novo programa, o país passou a ter um calendário vacinal estruturado, gratuito e de abrangência nacional. Foi aí que o cartão surgiu como a forma mais eficiente de acompanhar, individualmente, as vacinas aplicadas ao longo da vida.
💉 Um guia de proteção para todas as idades
Hoje, o cartão vacinal contempla mais de 20 vacinas diferentes, destinadas a diversas faixas etárias e situações de saúde.
A proteção começa cedo: nos primeiros dias de vida já são aplicadas vacinas como:
BCG (contra formas graves de tuberculose)
Hepatite B
Ao longo da infância, o esquema vacinal segue firme, incluindo imunizações contra:
Poliomielite
Sarampo, caxumba e rubéola
Meningite
Febre amarela
Coqueluche, entre outras.
Esse conjunto faz parte do Calendário Nacional de Vacinação, válido em todo o Brasil e acessível gratuitamente pelo SUS.
🧪 Vacinas produzidas no Brasil
O Brasil não apenas distribui vacinas — também produz! Isso garante autonomia, agilidade e segurança no abastecimento nacional.
As principais instituições responsáveis por essa produção são:
Instituto Butantan (São Paulo)
Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz (Rio de Janeiro)
Essas instituições fabricam vacinas como:
Febre amarela
Hepatite B
Difteria
Tétano
Coqueluche
Além de abastecer o sistema nacional, essas vacinas também são exportadas para outros países.
🤝 Um pacto silencioso pela saúde coletiva
Muito mais do que um papel com carimbos, o cartão vacinal é um símbolo de cuidado coletivo.
Ele representa um pacto silencioso entre o cidadão e o país:
Eu me protejo. Você se protege. Juntos mantemos doenças graves longe da nossa comunidade.
Atualizar o cartão vacinal é uma forma simples e poderosa de exercitar cidadania e amor à vida.
✍️ Dr. Rafael Alvarenga
Médico e psicólogo








Todo o esquema de vacina está disponível no posto de saúde! Vacinar nossas crianças é muito importante. Assim, cuidamos deles e dos outros ❤️ os adultos também precisam se vacinar. Tenham atenção às campanhas!