O ato de cuidar sempre se equilibra entre dois polos éticos: o respeito à autonomia do paciente e o dever de beneficência do profissional. Quando o doente recusa tratamento para uma enfermidade curável, o dilema se acende em toda sua força filosófica: deve o profissional de saúde intervir contra a vontade do paciente, em nome da vida, ou respeitar uma decisão que parece irracional, ainda que autêntica? A tradição liberal moderna, desde Immanuel Kant , entende que a dignidade